No disco “Milagre...”, o plano de Milton era deixar cinco das 11 faixas apenas instrumentais. O número foi elevado a oito por força do veto a três letras, obrigando-o a compensar a falta de texto com vozes. De 1973 — ano de lançamento do disco — até hoje, trechos e versões da letra de “Hoje é dia de El Rey” apareceram em livros e encartes de CDs (e até mesmo no site de Milton), por força da memória de quem havia conhecido a canção nunca gravada. O GLOBO localizou no Arquivo Nacional a letra original, única reconhecida pelo letrista como a que seria cantada no estúdio da Odeon naquele outono, até hoje inédita.
— A letra certa é a censurada — confirma Borges.
— Já estava esquecida pela passagem do tempo — reconhece Milton, surpreso com a descoberta, 42 anos depois.
Milton em 1974.
Nenhum comentário:
Postar um comentário